Esses dias tenho refletido muito acerca da advocacia que escolhi fazer pra mim. Dizem que a advocacia na área das famílias é quem escolhe os advogados. E realmente eu tenho meus motivos para ter sido escolhida por ela, especialmente depois que me conectei à psicanálise, que é uma profissão da escuta. Esse escuta analítica compõe minha caixa de ferramentas da advocacia que eu faço, voltada para as famílias. Encontrei o meu propósito dentro deste ramo da minha profissão exatamente quando me propus a não trabalhar e nem ser remunerada pelo litígio. Essa não é uma escolha natural pros advogados, que foram ensinados a processar tudo o que vissem de errado pela frente. Advogados adoram bradar que a “advocacia não é profissão para covardes!” Eu, sinceramente, estou a cada dia mais distante desse ambiente de luta, no sentido do litígio, de não me amedrontar pra juiz, etc e tal. Não me interessa nem mais ficar pensando...